segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Folder

Definição

O folder se caracteriza pela excepcional praticidade formal e capacidade informativa, o que o torna um dos mais eficientes veículos de comunicação. Congressos, seminários, convenções ou qualquer outro tipo de evento encontra no folder a peça fundamental de divulgação e registro de seus conteúdos programáticos. Com linguagem direta e leitura rápida, preferencialmente ilustrado, o folder seduz por trazer informações objetivas e apresentação gráfica criativa.

A promoção institucional, empresarial ou associativa tem no folder um importante instrumento de difusão de seus princípios e objetivos. Dele fazem uso empresas privadas e públicas, além de associações e organizações não governamentais.

São próprias e indissociáveis do folder as dobraduras e a linguagem textual esquemática. O folder constitui-se em uma folha de papel impressa nos dois lados, dividida em páginas ou seções por intermédio unicamente de dobras.

Para adequar-se à objetividade que lhe rege, o folder é um veículo essencialmente informativo podendo classificar-se em pelo menos quatro gêneros:

1. Promocional
Próprio para a promoção de eventos, a exemplo de congressos, exposições, palestra, conferências, debates, seminários etc.

2. Educativo
Faz campanhas de massificação de idéias e conscientização, produzido na maioria das vezes por instituições oficiais. Também pode servir para a difusão de idéias associativas, como campanhas sindicais ou de organizações não governamentais.
Ex: campanhas de prevenção às DST, educação de idosos, campanhas de vacinação, de meio ambiente etc.

3. Institucional ou corporativo
Promove, informa, esclarece o perfil de uma instituição ou empresa. Apresenta os objetivos de determinado grupo, tornando-os públicos.
Ex: descrição das atividades de grupos feministas, equipamentos de um colégio ou empresa médica, funções de órgãos do governo, de ONG etc.

4. Comercial
Estimula o consumo, oferece um produto, descreve suas vantagens, investe na informação com vistas à ampliação mercadológica.
Ex: apresentação de um plano de saúde, projeto imobiliário, serviços bancários etc.


Características

Comunicação dirigida
A produção de um folder visa um público dirigido, ligado por interesses comuns. Sua concepção deve, portanto, considerar o universo cultural do grupo e os elementos próprios de sua linguagem. Mas há casos em que o folder pode atingir um público diversificado, a exemplo das peças comerciais, de campanhas educativas e promocionais amplas.

Formatação do texto
O espaço exíguo exige concisão; as informações devem se guiar pela objetividade.
Apresenta informações novas e relevantes para o público a que se dirige.
Texto dividido em módulos esquemáticos ou distribuído em itens ou índices para uma melhor organização das informações.
Do mesmo modo que a notícia no texto jornalístico, o folder deve ter título, e pode ter subtítulos e intertítulos de modo que se crie uma hierarquia e graus de importância das informações.

Aspecto formal
Dobraduras. O folder pode ter uma dobra ou tantas quantas o suporte o permita, respeitando as características do projeto gráfico e da legibilidade. O formato varia também de acordo com a criatividade do programador gráfico, tendo-se em conta sua funcionalidade.

As dobras podem ser feitas em seções regulares ou irregulares, dando movimento e dinamismo ao folder. Podem ser de vários formatos, com cortes que possibilitem a apresentação de ilustrações de formas complementares.
Uma dobra gera quatro seções; duas dobras podem gerar seis ou oito seções, de acordo com o sentido aplicado.

Para garantir a dinâmica da leitura, a elaboração do folder exige planejamento. O direcionamento da leitura indicado pela abertura das dobras deve guiar o leitor para a visualização de todas as seções com fluidez e lógica.

Aspecto gráfico
Mais amplo que o cartaz e mais restrito que o folheto, o folder constitui-se numa peça que deve buscar no aspecto gráfico um forte fator de atração, associado à facilidade de leitura do texto.
Além do aspecto informacional, o folder pode ser visto como uma peça publicitária cujo objetivo é seduzir o público com sua mensagem. As ilustrações, cores e texturas devem ser consideradas como elementos essenciais a uma boa resolução gráfica.

Utilização de capa
O folder, assim como o folheto, o livro e a revista, possui uma primeira página considerada como capa. Na parte frontal do folder deve figurar o título, de preferência associado a um elemento gráfico. Em geral, a seção contígua à capa serve como última página, onde figuram o expediente, os patrocínios e apoios.

Expediente
Como qualquer publicação, o folder deve ter um expediente o mais completo possível, com dados sobre a organização do evento, local e data, além da autoria da produção gráfica.

Cartões & volantes

Uma das mídias mais dinâmicas é sem dúvida a dos cartões. Sua mobilidade e amplitude transformam-na numa forma excepcional de comunicação. Os cartões desconhecem fronteiras, circulam pelos Correios por todos os países do mundo.

A diversidade expressiva e criativa dos cartões abre possibilidade de utilização de inúmeros suportes, de diferentes formatos, objetivos diversos e públicos variados. Vão dos cartões postais turísticos aos cartões-convite de exposições e lançamentos de livros.

Vários outros aspectos são encontrados nos cartões, que podem ser tomados por aproximação com o hábito de colecionar, indo dos volantes ou flies aos cards dos jogos de representação, dos marcadores de livros aos cartões pessoais e cartões telefônicos.

O cartão apresenta duas faces. A frente é reservada em geral a uma mensagem visual; o verso serve para as mensagens textuais do remetente ou emissor. Por utilizarem uma pequena superfície, caracterizam-se pela objetividade em sua linguagem textual e pela expressividade gráfica; a linguagem visual é predominante, sendo complementada por textos curtos. Comumente vêm associados a uma divulgação ampla, que inclui cartaz, folder, audiovisual.

Podemos classificar os cartões em diversos gêneros quanto a sua natureza e seu objetivo:

1. Cartão postal ou Turístico
É o tipo mais comum de cartão, serve para registrar aspectos geográficos, urbanos, históricos e monumentais. Dão ênfase à representação poética, como o por do sol, uma praia, a vista aérea de uma cidade; ou monumento, como uma relíquia arquitetônica, uma fachada de edifício, uma praça etc.
Traz no verso os créditos da editora e do autor da imagem e referência do objeto enfocado (cidade, prédio, monumento, praia). No lado direito encontra-se um espaço reservado para as informações do destinatário, além de um diagrama indicando o local para a colocação do selo.
Presume-se que esse tipo de cartão é comumente enviado sem envelope, daí ser impresso em cartão e plastificado, garantindo sua resistência. Boa parte do verso destina-se à mensagem do remetente.

2. Promocional
Anuncia a realização de um evento (feira, convenção, festival etc) ou divulga uma produção artística (lançamento de filme, peça, exposição, livro, revista).
O verso complementa as informações sobre o evento, com local, hora, sinopse mais os créditos do produtor. A exemplo do cartão postal, apresenta, além das informações complementares, um espaço para utilização pelo remetente. Dessa forma, o cartão adquire um reforço em sua função de comunicação: o remetente passa a ser também emissor.

3. Convite
Também anuncia a realização de um evento, sobretudo vernisagem ou lançamentos de livros. Difere do promocional pelo objetivo: trata-se de um convite.
No verso constam informações sobre o evento, como data, hora e local, além dos créditos da produção. Em geral não permite a reutilização, sendo peça produzida para um público dirigido.

4. Reprodução
Reproduz obras de arte (pintura, escultura, grafite etc). Serve como peça de coleção, como registro do acervo de museu ou conjunto da obra de um artista.
Apresenta no verso as referências técnicas da obra (tipo de suporte, dimensão, autor, data, local, produção). Reserva amplo espaço a ser utilizado pelo remetente.

5. Artístico
Suporte para uma expressão artística (charge, ilustração, cartum, fotografia, poesia). Difunde um trabalho realizado propriamente para o formato do cartão, ou seja, o cartão é o suporte final para a arte enquanto projeto gráfico e sujeito a reprodução.
Além dos créditos de autor, o verso é um espaço livre para as mensagens do remetente.

6. Arte-postal
Também de caráter artístico, mas, enquanto objeto único, transforma-se no próprio objeto de arte. Serve para mensagens poéticas, colagens, pinturas, desenhos. Sua função básica é a expressão da criatividade do autor.
O verso é um espaço livre a ser utilizado pelo emissor.
A arte-postal é difundida mundialmente por intermédio de associações, sendo uma expressão de artistas plásticos e artistas gráficos que experimentam novas linguagens visuais e propõem engajamento político. Sua criação deu-se principalmente nas décadas de 1960 e 1970, mas são produzidos até hoje.

7. Social
Apresenta ilustrações ou fotos com alusão a determinadas festas e datas comemorativas. É utilizado para emitir mensagem de aniversário, Natal, ano novo, páscoa, dia das mães e pais, anunciar casamento, nascimento, batizado etc.
O verso traz texto em forma de saudação ou votos. Muitas vezes o texto tem caráter humorístico, complementando a mensagem da face do cartão. A maior parte desses cartões apresenta dobradura, proporcionando-lhe um aspecto requintado e sofisticado.

8. Educativo
Tem como objetivo a conscientização, a mobilização ou o esclarecimento. Serve para campanhas de saúde (combate a doenças, combate ao tabagismo, prevenção à aids, vacinação), preservação da natureza, direitos do cidadão etc. São em geral utilizados por órgãos governamentais ou entidades associativas. Complementa a mídia cartaz ou pode trazer uma arte gráfica exclusiva, originalmente produzida para o suporte.
Detalha no verso o texto da campanha mais créditos da arte e da produção. De preferência, reserva um espaço livre para mensagem do remetente.

9. Comercial
Cumpre a função de propaganda, procurando associar o nome da empresa ou do produto ao estilo de vida de seu público. Não tem caráter artístico nem de promoção de eventos, mas utiliza uma linguagem publicitária diferenciada.
No verso traz referências técnicas, como endereço e características do estabelecimento ou do produto.

10. Volante (Flyer, mosquito, filipeta)
Impresso para divulgação de eventos, promoções comerciais ou campanhas institucionais. O volante pode também servir para a difusão de idéias, a exemplo de manifestos políticos ou contestatórios.
Quando o volante está voltado para a divulgação de festas, desfiles, feiras ou eventos promovidos para o público jovem e sofisticado das grandes cidades, ganha o nome de flyer. Muitas vezes são o veículo de divulgação preferido de eventos de moda e da cultura underground, dando margem a manifestações gráficas muito criativas.
Quando o verso não vem completamente vazio, sem impressão, apresenta todo o espaço impresso com mensagens complementares e artes gráficas. Apresentam formatos e materiais diversos, de acordo com o tema proposto.

11. Cartão de crédito
Peça no formato dos cartões bancários. Caracteriza-se fisicamente pelo suporte em plástico rígido e apresenta mensagem com objetivo de sedução, de exposição de desejo e conquista. Pode ter também mensagens sociais, como votos alusivos a aniversário.
O verso destina-se a mensagens complementares mais espaço reservado ao remetente.

12. Cartão telefônico
Peça de coleção, o cartão telefônico traz mensagens referentes a datas comemorativas, educativas, sociais, artísticas ou comerciais. Está muito próximo do objetivo da filatelia, por destinar-se a coleção. Normalmente assemelha-se ao cartão de crédito por ser confeccionado em plástico.
O verso traz sempre informações complementares, mais dados de produção e tiragem.

13. Cartão de visita
Serve como referência de uma empresa ou indivíduo, sendo muito usado por profissionais liberais. O cartão pessoal ou cartão de visita apresenta o nome, telefone e o endereço do emissor, bem como a atividade profissional. Pode ser sóbrio e elegante, só com o texto sumário, mas, com a facilidade de utilização de recursos gráficos da informática e a redução do custo de impressão, cada vez mais apresentam imagens, marcas d'água e texturas, tornando-se uma composição visual agradável e criativa.
Não costuma trazer inscrições ou imagens no verso.

14. Card
Cartões editados para serem utilizados em jogos de representação (RPG) ou para coleção. Normalmente são produzidos em séries, referentes ao conjunto de personagens de um livro ou história em quadrinhos.
No verso, imagens ou textos complementares, como biografia das personagens ou indicação para o desenvolvimento do jogo.

15. Virtual
Mensagem enviada por correio eletrônico, via internet. Pode ter movimento, som e se desenvolver em várias seqüências. Em geral, traz mensagens poéticas e filosóficas, ou alusivas a datas comemorativas.

16. Marcador
Muito utilizados por editoras para a divulgação de sua produção, os marcadores de livros costumam apresentar os lançamentos mais recentes com sinopse de outras obras; por vezes trazem fragmentos da obra de um autor, como um poema.
O verso pode ser utilizado para outros lançamentos da editora ou têm uma função utilitária, como um calendário, régua etc.

17. Calendário de bolso
Cartão em pequeno formato que apresenta imagens corporativas, a exemplo de brasões de times de futebol, representações eróticas e humorísticas. Normalmente são vendidos ou distribuídos por empresas na proximidade do final do ano. Serve para lembrar uma marca, pois será utilizado durante todo o ano.
No verso tem-se o calendário do ano.

18. Santinho
Cartão com imagens e mensagens alusivas a temas religiosos. Podem trazer também orações, biografias de santos ou nota de falecimento.
Destina-se a coleção ou recordação, por vezes apresentam texto no verso.


Formato

A maior parte dos cartões obedece ao formato padrão do cartão postal (10,5cm x 15cm). Alguns cartões, como o convite, o social, a arte-postal e a volante variam de acordo com o motivo e o objetivo do programador gráfico. O social pode apresentar dobradura; o convite, para dar maior requinte e reforçar a mensagem, apresenta formato variado, maior que o convencional; a arte postal depende da subjetividade do criador. Os cartões de plástico obedecem ao formato dos cartões de crédito, para serem portados dentro das carteiras de cédulas.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Criação do cartaz

O planejamento do cartaz requer um estudo cuidadoso de seus objetivos bem como a escolha adequada da linguagem que lhe é própria. Para sua compreensão imediata, vale lembrar que o cartaz deve ser objetivo, ter um texto sucinto mas que transmita todo o seu conteúdo, e, afinal, que sua permanência é breve.

Fases da execução

Idéia – a criação deve ter por base os elementos fornecidos pelo cliente, procedendo-se à definição das soluções gráficas que atendam aos objetivos pretendidos. Para a elaboração do texto é necessário que se defina o tipo de cartaz e o espaço onde será afixado (outdoor, vitrina, parede), o público que se quer atingir e o caráter da mensagem (educativa, promocional, informativa).
A realização do trabalho se dá em quatro etapas: rough (rafe), lay-out, arte final e impressão.

Rough – do inglês, significa áspero, grosseiro. O termo no meio publicitário designa o esboço do cartaz, o registro da idéia por meio de desenhos rápidos. Esta fase caracteriza-se pela liberdade de criação, devendo ser feitos vários rough que possibilitem a expressão de diferentes projetos gráficos para a escolha do mais adequado à idéia.

Lay-out – Fase um pouco mais elaborada do anúncio, baseada num dos esboços, ou rough. No lay-out já estão definidos os espaços reservados aos elementos do cartaz, como o texto, a ilustração e as cores.

Arte final – Após consulta ao cliente, que deverá opinar sobre o lay-out, passa-se à execução definitiva da arte do cartaz, com definição de cores, tipos de letras e todos os grafismos necessários. A arte final está sujeita à forma de impressão escolhida (serigrafia, offset, tipografia).


Modos de impressão

Reprodução de originais sobre suportes variados (papel, plástico, tecido, acrílico, madeira etc). Os mais comuns são: tipografia, offset, serigrafia.

Tipografia – processo que deu origem à imprensa ao possibilitar a composição de textos com tipos móveis de madeira ou chumbo. As ilustrações são realizadas por intermédio de clichês, também produzidos em madeira ou chumbo. Seu processo de composição pode ser manual, juntando os tipos um a um para formar as palavras, ou mecânico, por meio de fusão, caracterizando o que se chamou de impressão à quente. A impressão é feita com a utilização de prensa.

Offset – processo de impressão a frio onde as imagens e textos são gravadas numa folha de metal (zinco ou alumínio) por meio de processo fotográfico e transferida para o papel depois de passar por um rolo de borracha. A impressão da mancha gráfica se dá pelo processo químico de separação da água e da tinta óleo.

Serigrafia – Por meio de processo fotográfico, a arte é gravada em uma tela de náilon, poliéster ou seda. A tinta passa pelos espaços vazados da tela com a utilização de uma espátula ou rodo. Na maioria das vezes este é um processo artesanal, que exige muito cuidado do impressor.

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Referência

Manual do Cartazista. Rio de Janeiro: SENAC, DN, Divisão de Formação Profissional, 1982.

Elementos visuais do cartaz - Cor

Definição - A origem da cor está na luz branca, ou luz solar. Embora pareça ser algo inerente a todos os objetos, a cor é na verdade o reflexo da luz sobre eles. Os objetos aparentam ter uma determinada cor na medida em que absorvem certas variações de raios da luz branca e refletem outras.

A percepção da cor está na junção de três elementos da natureza: a luz, que é a fonte da cor, a matéria, que reage à incidência da luz, e a visão, que é a faculdade de percepção da cor.

Os raios de luz possuem três freqüências de irradiação: ondas curtas, médias e longas. A variação do comprimento das ondas é que determina a escala cromática.
As ondas longas são responsáveis pela percepção da cor vermelha. À medida que o comprimento das ondas vai diminuindo, temos a impressão das outras cores, passando pela cor laranja, amarela, verde, azul e violeta, sendo este o comprimento de onda mais curto.

A percepção das cores se dá de forma idêntica para os seres humanos, visto que o mecanismo da visão é o mesmo para todos. Todavia, a forma de perceber e as sensações que as cores provocam variam em cada um, devendo ser considerados os significados emocionais atribuídos a elas pela mente.

O pigmento, que dá cor aos objetos, é uma substância material. De acordo com sua natureza, faz com que os objetos absorvam ou reflitam os raios de luz que incidem sobre eles. Quando todas as variantes de raios luminosos são refletidas, temos a percepção da cor branca. De outro modo, quando todas as freqüências de luz são absorvidas, temos a cor preta, ou ausência de luz. A freqüência de raio refletida é a cor que vemos.

A luz branca é a junção de seis cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta. É possível enxergarmos a decomposição da luz branca por intermédio de um prisma. O arco-íris é um fenômeno da natureza que funciona como um prisma, com a incidência da luz solar sobre as gotas de água da chuva.

Cor no cartaz

Aumenta o impacto visual. Pode funcionar como elemento de atração e harmonia na composição do cartaz. O artista gráfico trabalha com escalas de cores atribuídas por pigmentos.

São cores primárias: magenta (que corresponde ao vermelho), ciano (ou azul) e amarelo. Estas são consideradas primárias porque a partir da composição delas temos todas as outras cores da escala cromática.

Cores secundárias são a junção em proporções iguais de duas cores primárias: verde (ciano + amarelo), laranja (magenta + amarelo) e violeta (ciano + magenta).
Dependendo do número de misturas, podemos ter outras cores, como as terciárias, quartenárias etc formando uma ampla gama de variações cromáticas.

A cor e suas funções

A cor apresenta diferentes funções para o pintor e para o designer.
Designer - ligação com a ciência e a indústria. Usa a cor de modo objetivo.
Pintor - relação com o artesanato e a produção manual. Usa a cor de modo subjetivo.
Para o designer, as cores mais corretas são as próprias dos materiais com que são produzidos os objetos. A cor posta arbitrariamente sobre o objeto dá uma informação visual falsa e tira sua naturalidade.

Aspecto funcional da cor - ligado à comunicação visual e à psicologia.
Uma cor intensa observada durante muito tempo (como nos objetos de trabalho - máquina de escrever etc - produz uma reação na retina, fazendo surgir a complementar com o objetivo de restabelecer o equilíbrio fisiológico alterado.

No caso dos ambientes, é melhor que a base seja neutra e que a parte relativa à cor seja móvel, sobreposta e mutável segundo as exigências. Um ambiente definitivamente colorido pode cansar quem o habita. Ex: tecido colorido (que é um material adequado ao uso de cor), plantas etc.

A cor modifica-se de acordo com a iluminação incidente.

Cores primárias - vermelho, azul e amarelo - são as que atraem mais os consumidores. Cada uma dessas cores tem firmeza e não é decomponível psicologicamente. Se aproximarmos essas cores entre si, uma interferirá na outra.
Cores secundárias, ou complementares - verde, violeta, laranja - colocadas bem próximas, uma realçará o efeito da outra.

Utilização da cor em publicidade

Relação cor/comportamento social
A cor é uma das características da moda, estando ligada à maneira que cada sociedade tem de ser e de fazer determinadas coisas. A integração do novo dentro de uma sociedade já moldada em determinados padrões assimilados pelo gosto da época é um processo lento precedido de uma vanguarda. Pela audácia, pela quebra de tradições e pela repetição impositiva, o novo vai sendo assimilado gradualmente até uma aceitação praticamente total.

A cor e a publicidade

Adaptação a um estilo de vida. Reforço dos aspectos positivos.
A publicidade se adapta ao estilo de vida e reflete, ao menos em parte, o comportamento humano dentro de um determinado espaço-tempo. Essa limitação na transmissão da imagem se deve a uma das características mais marcantes da publicidade, que é a de não fixar os aspectos negativos da sociedade dentro da qual é criada e para a qual se dirige. Nesse sentido ela pode ser considerada ilusória, pois fixa apenas os aspectos de uma realidade colorida, bela e feliz. Por todo seu conteúdo emocional, por sua força de impacto e por sua expressividade de fácil assimilação, é a cor o elemento que mais contribui para a transmissão dessa mensagem idealizada, embora, paradoxalmente, ela seja também o fator preponderante na concretização do aspecto real da mensagem plástica.

Influência da cor no cartaz

O cartaz é o meio mais clássico de toda a publicidade e usado como veículo de propaganda ao ar livre desde os tempos mais remotos.

A única função do cartaz comercial é produzir um impacto instantâneo, dando uma idéia rápida e clara do produto ou serviço anunciado. Ele é feito para ser olhado rapidamente, pois, na maioria das vezes, é visualizado por alguém que se encontra no interior de um veículo em movimento. O cartaz que não apresentar grande clareza no significado da mensagem torna-se negativo aos efeitos da comunicação.

Numa rápida visão, exige-se contraste. A cor é visualizada depois. Formas e figuras virão posteriormente. Em conseqüência, é fácil deduzir a importância que a cor, colocada no cartaz, tem em relação à captação da atenção do indivíduo.

Como o cartaz é, de forma geral, para ser visto à distância, vários fatores devem ser considerados para que o efeito desejado não se perca. O desenho deve ser simples. As formas devem ser isentas de detalhes que prejudiquem sua assimilação total por quem o vê rapidamente.

É necessário que o objeto ou detalhe a ser distinguido contraste com o fundo. Por exemplo, uma letra preta sobre fundo branco se destaca muito mais do que se estivesse sobre um fundo cinza.

O contraste branco-preto é de valor médio em relação ao contraste amarelo-preto, que possui a maior margem de visibilidade. O contraste vermelho-verde é ineficaz e, além disso, é passível de irritar a sensibilidade óptica porque está sob a ação simultânea de duas cores complementares entre si. A visibilidade do contraste azul-verde é quase nula.

Uma recordação mais viva está intimamente ligada a uma luminosidade maior.

O amarelo é uma cor que apresenta duas características opostas: ela não marca fortemente as formas que colore, mas em compensação é a cor que mais se recorda como cor.

O azul acentua as formas, o que contribui pra que sejam lembradas, mas oferece baixas condições de visibilidade, portanto poucas condições para fixá-las na memória se levarmos em conta a cor, abstraindo-se a forma.

O vermelho acentua a forma e é uma cor que se impõe pelo impacto visual e emocional, portanto é fácil de ser recordada.

O valor do verde, neste sentido, se situa num plano médio, sejam quais forem os ângulos pelos quais os analisamos.

As cores e sua aplicação na publicidade

VERMELHO - estimulante, excitante. Provoca calor, paixão, ação, violência. Anúncios de artigos que indicam calor e energia; artigos técnicos e esportivos.
AMARELO - luz, vida, alegria. Isolada é pouco motivadora. Desaconselhável em superfícies muito extensas.
LARANJA - quente, ação. Aplicada de forma mais moderada nos mesmos casos que o vermelho.
VERDE - repousante, natureza. Estimulante, mas com pouca força sugestiva. Aplicados em anúncios de azeites, frutas, verduras.
AZUL - frio, calmo, tímido, pacífico. Possui grande poder de atração, é neutralizante nas inquietações do ser humano; acalma o indivíduo e seu sistema circulatório. Aplicado em artigos que caracterizam frio.
ROXO - melancólico, retraído, fino, nobre. Acalma o sistema nervoso. Artigos religiosos e funerários.
PRETO - discreto, lembra morte, vazio.
BRANCO - pureza, limpeza, castidade.
CINZA - frio, fino, inexpressivo.

Harmonias

AMARELO/VERMELHO - agressão, força, impetuosidade. Estimulante e eficaz em publicidade.
VERMELHO/VERDE - pouco contraste, equilíbrio. Estimulante, mas de pouca eficácia publicitária.
AMARELO/PRETO - muito contraste. Estimulante e eficaz em pequenas áreas.
AZUL/VERMELHO - contraste, atração. Combinação delicada e eficaz.
AMARELO/VERDE - contraste, natureza. Produz atitude passiva. Eficaz quando associadas a detalhes coloridos na peça publicitária.
AZUL/BRANCO - pureza, paz, segurança.
AZUL/PRETO - pouco contraste, confusão, indecisão.

Estes efeitos variam dependendo da área coberta pela cor, dos meios-tons, ou outros fatores que possam interferir no resultado.

Na publicidade vários fatores se conjugam para determinar a cor exata para cada tipo específico de mensagem para um produto a ser consumido ou serviço a ser utilizado, quer seja para transmitir a sensação de realidade, quer seja para causar impacto.

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Referências

Farina, Modesto. Psicodinâmica das cores em publicidade. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda/Editora da Universidade de São Paulo, 1975.
Manual do Cartazista. Rio de Janeiro: SENAC, DN, Divisão de Formação Profissional, 1982.
MUNARI, Bruno. Design e comunicação visual. São Paulo: Martins Fontes, 1968.
Rosa, Velcy Soutier da. Letras & Cartazes. 2ª ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986.

Elementos visuais do cartaz - Texto

Elementos visuais são todos os recursos utilizados na elaboração de cartazes que assegurem a realização dos objetivos planejados. Os principais recursos são: texto, ilustração e cor. O domínio de conhecimento sobre os elementos e a forma de utilizá-los serão determinantes para que o programador gráfico alcance as melhores soluções. Contudo, nem sempre são usados todos os elementos ao mesmo tempo, podendo alguns ser dispensados de acordo com o objetivo do cartaz.

Texto

O texto deve sintetizar e dizer em poucas palavras a mensagem do cartaz. Forma, com a ilustração e a cor, um conjunto para tornar clara a mensagem. Em alguns casos pode mesmo dispensar a ilustração, funcionando como elemento básico.
O texto no cartaz possui algumas características e hierarquias, que ajudam a transmitir a mensagem de forma completa e eficaz. O texto pode ser constituído de:

Título – introdução à mensagem.
Subtítulo – complemento do título.
Texto principal – mensagem do cartaz.
Texto secundário – complemento do texto principal.
Slogan – frase de efeito.
Crédito – identificação e endereço de quem emite a mensagem. Pode vir acompanhado de logotipo, marca ou sigla da empresa.

Fontes – ou tipos de letras. O produtor gráfico deve conhecer as várias famílias de letras e suas derivações, tarefa facilitada pelos recursos da informática. Conhecer com precisão o público a quem se dirige, as regras de composição e os tipos de letra é fundamental para a eficiência do texto no cartaz.

Os alfabetos ocidentais derivam do romano clássico, caracterizado pela apresentação de serifas – traço transversal na extremidade das hastes. São sete os principais grupos ou famílias de letras:

Romanas – Pela facilidade de leitura que oferecem, são as mais utilizadas na composição de textos gráficos para fins editoriais e publicitários. Além das serifas, intercalam hastes largas e estreitas.
Ex. A B C D E a b c d e (Times New Roman, normal, corpo 24)

Latinas – Derivações das romanas, conta com novos tipos, a exemplo de Didot (francesa), Bodoni (italiana), Moderna (inglesa), Normandie (italiana) e Pristille (inglesa).
A B C D E a b c d e (Modern nº 20, normal, 24)

Góticas – Por apresentar um traço muito rebuscado, geram dificuldade de leitura se aplicadas em textos longos. São muito utilizadas em temas religiosos ou históricos; aparecem com freqüência em cartões de festas, diplomas e textos referentes a antiguidades.
A B C D E a b c d e (Diploma, normal, 24)

Egípcias – Caracterizam-se por possuir serifas quadradas e muito pesadas.
A B C D E a b c d e (HumstSlab712 Blk BT, normal, 24)

Grotescas – Não possuem serifas e são muito usadas em mensagens comuns. Alguns livros são editados com este tipo de letra.
A B C D E a b c d e (Futura, normal, 24)

Inglesas – Segue o padrão da escrita manuscrita.
A B C D E a b c d e (English, normal, 24)

Ornamentais (ou de fantasia) – Tem o elemento decorativo sua principal característica, não constituindo uma única família. É a recriação de qualquer tipo básico.
A B C D E a b c d e (Arábia, negrito, 24)
A B C D E a b c d e (Bauhaus, negrito, 24)
A B C D E a b c d e (Comics Sans, normal, 24)
A B C D E a b c d e (Arriba, normal, 24)

As famílias de tipos variam conforme a época e o autor, marcando, por vezes, um período histórico. A cada dia são criados novos tipos, de acordo com as necessidades de comunicação e propostas estéticas, sendo disponibilizados uma quantidade enorme em vários programas gráficos de computadores.

A criação de um tipo de letra exige bom domínio de geometria e observação de regras para uma melhor harmonia visual. A composição de um letreiro vai depender do desenho individual da letra, mas, sobretudo, de quanto a estética do conjunto puder harmonizar as formas e os espaços em branco (dentro e fora das letras). Um letreiro precisa de equilíbrio e arte para ser atraente, desde que prevaleça a legibilidade para que cumpra totalmente sua função de comunicar.

Estilo do tipo - Com relação à proporção dos tipos, as letras podem ser Estreitas, Médias ou Largas:
A A A

Quanto ao estilo, a fonte pode ser Roman (ou normal), Itálico, Sublinhado, Negrito e Negrito Itálico.
A A A Normal, itálico, normal sublinhado
A A A Negrito, negrito itálico, negrito sublinhado

Quando a letra é colocada sobre um fundo escuro sofre uma inversão e chama-se vazada:
ABCDE

Composição – O texto, ou blocos de textos, deve ser visto como um todo, formando uma mancha gráfica na composição do cartaz. A forma como se dispõe o texto influi diretamente na inter-relação com as imagens e cores.
Quanto ao alinhamento, o texto pode ser justificado, marginado à esquerda, marginado à direita, centralizado, irregular ou escalonado.

O amor tem feito coisas,
que até mesmo Deus duvida
(justificado)

O amor
tem feito coisas,
que até mesmo
Deus duvida
(marginado à esquerda)

O amor
tem feito coisas
Que até mesmo
Deus duvida
(marginado à direita)

O amor
tem feito coisas,
que até mesmo
Deus duvida
(centralizado)

O amor
tem feito coisas
Que até mesmo
Deus duvida
(irregular)


A melhor maneira de aplicação destes formatos vai depender de sua disposição no cartaz e da inserção dos outros elementos – ilustrações, cores, texturas e grafismos. O tipo de letra deve combinar com a mensagem do cartaz, com suas características históricas, origens e outros fatores.
Um texto longo é geralmente alinhado à esquerda ou justificado, para facilitar a leitura. Embora a mancha gráfica do texto deva estar de acordo com a composição do cartaz, ele possui liberdade própria. Num cartaz simétrico, o texto pode vir alinhado à esquerda ou à direita. Num cartaz assimétrico, o texto pode apresentar-se justificado ou centralizado, ou seja, simétrico.

Efeitos visuais – Servem para destacar determinada área ou palavra, com efeito gráfico que reforce seu conteúdo ou mensagem. Uma palavra-chave ganha força e projeção quando aplicado o efeito adequado, como sobras, perspectivas, filetes, tarjas, inversões ou mesmo figuras geométricas. As histórias em quadrinhos utilizam muitos desses efeitos para dar ênfase às onomatopéias. A aplicação de arte às letras pode resultar efeitos emocionais e valorizar a mensagem.
A (sombra) A (contorno) A (relevo) A (baixo relevo)

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Referência:
Manual do Cartazista. Rio de Janeiro: SENAC, DN, Divisão de Formação Profissional, 1982.
Rosa, Velcy Soutier da. Letras & Cartazes, 2ª ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Cartaz - composição

A composição é feita pela ordenação funcional e estética dos elementos que integram o cartaz (texto, ilustração e cor). A distribuição equilibrada desses elementos deve resultar numa composição interessante e criar um forte efeito de atração.

Simetria - as composições simétricas e as formas semelhantes não provocam reações significativas no observador, sugerem tranqüilidade, paz, repouso.

Assimetria - composições assimétricas e formas contrastantes provocam fortes reações no expectador, convidam à ação, sugerem dinamismo e movimento.

Curvas concêntricas – induzem à meditação, sugerem espiritualidade.

Curvas excêntricas – indicam expansão, irradiação, propagação, amplitude.

Linhas horizontais – representam calma, paz, repouso.

Linhas verticais – sugerem elevação, ascensão, altura.

Linhas inclinadas – provocam sensação de instabilidade, indicam direção.

Linhas quebradas – promovem agressividade, perigo, descontinuidade.

Linhas radicais – representam objetividade, glória, atenção, choque.

Linhas convergentes – indicam direção, concentração.

Linhas divergentes – sugerem expansão, abertura, brilho.

Linhas sinuosas – passam idéia de ritmo e movimento.

Hachuras – em desenho ou gravura, traçado que produz efeito de sombra ou meio tom, além de ter a função de preenchimento. Dependendo da proximidade e uniformidade dos traços, podem representar graduações tonais. Permitem composição com traços em vários sentidos, dando maior ou menor densidade à área representada, num jogo de sombras e luz, volume e profundidade.

Retículas – Conjunto de pontos que dão tonalidade a uma superfície; usado como recurso estético para a criação de fundos e tramas; homogêneo, quando os pontos são uniformes e eqüidistantes; composto, quando combinando vários tamanhos de pontos, dando a idéia de volumetria ou graduação. Denomina-se também o filme usado para fotocomposição, para reproduzir imagens em meios-tons.

Fator atração - O cartaz deve em primeiro lugar atrair o leitor. O elemento de atração deve se destacar na composição por meio de uma cor, uma forma ou um contraste, para que num segundo momento a mensagem seja lida.

Para compor um cartaz, reunimos todos os elementos que vão integrá-lo e os distribuímos pela ordem de interesse desejada, observando:

Centro visual - elemento no centro geométrico: monotonia, desinteresse. Elemento fora do centro visual: tensão espacial, forte atração.

Relação figura/fundo - o fundo pode tomar o lugar da figura, provocando maior impacto visual.

Equilíbrio - os pesos dos blocos formados pelos letreiros, arte e fundo devem ser equilibrados de maneira assimétrica e interessante.

Harmonia - embora contrastantes (ou numa composição assimétrica), as formas, como as cores, devem se harmonizar constituindo uma unidade.

Ritmo - as linhas conduzem os olhos através do cartaz; devem sugerir um ritmo facilitando a apreensão de todos os elementos importantes. É importante que os olhos permaneçam dentro do cartaz para que a mensagem seja assimilada por completo.

Cartaz - elementos estruturais

Referências imaginárias que determinam e orientam a execução do cartaz segundo os tipos de composição.

Diagonais - Linhas que cruzam o cartaz de um ângulo até o seu oposto cuja interseção corresponde ao centro físico do mesmo.

Eixo de equilíbrio - Linha vertical imaginária que divide o cartaz em duas partes iguais, passando pelo centro físico.

Eixo de sustentação - Linha horizontal imaginária que, passando pelo centro físico do cartaz, divide-o em duas partes iguais.

Simetria - Um dos dois tipos de composição que parte de um eixo central para situar as massas gráficas, em grau equivalente a ambos os lados. Os eixos de equilíbrio e sustentação são determinantes para este tipo de composição.

Assimetria - Distribuição desigual, mas visualmente compensada, a ambos os lados de um eixo central, onde o motivo principal é deslocado do centro do suporte.

Margem - Representa os limites de ocupação da área do cartaz, visível naqueles trabalhos cujo fundo está totalmente coberto de tinta. A margem estabelece outra classificação do cartaz: marginado, sangrado e semi-sangrado.

Marginado - As bordas não recebem tinta.

Sangrado - A tinta ocupa toda a área do suporte.

Semi-sangrado – Possui uma grande parte sangrada e outra marginada.

Rodapé - Área inferior do cartaz.

Cartaz - definição

Na publicidade, o cartaz constitui-se em peça indispensável. Sua liberdade criativa possibilita uma gama extraordinária de composições gráficas, com abordagens que vão da abstração ao figurativo. Não raro, o cartaz apresenta uma sugestiva mensagem textual e iconográfica, com tendência clara ao humor, causando empatia com o espectador e estimulando sua percepção.

O cartaz pode ser confeccionado em vários formatos para ser afixado em diversos suportes: na vidraça de uma vitrina, no muro, na parede interna de um prédio, num painel de rua; pode ser produzido para uma folha de papel assim como para muitas folhas interligadas, a exemplo do outdoor. A localização do cartaz pode se dar em locais restritos, para um público dirigido, bem como em locais de grande movimento, para atingir um público amplo.

Outdoorsão cartazes de grandes dimensões afixados em suportes construídos especialmente para recebê-los, em locais pré-determinados. São renovados periodicamente e dirigidos a um grande público. Dessa forma, são colocados em locais de intenso movimento, como estradas, grandes avenidas e cruzamentos urbanos. São impressos em partes; no padrão brasileiro, são divididos em 32 folhas, que ocupam um painel de 27m2 (3x9m).

Objetivos do cartaz – de acordo com sua natureza, o cartaz pode ter os seguintes objetivos:

Anunciar - de caráter comercial, apresenta um novo produto, estimula o consumo.

Informar – traz novas informações, essenciais para o conhecimento do público, a exemplo de mudança de horário de funcionamento, aviso de cancelamento ou adiamento etc.

Orientar – servem para direcionar o público, como os que indicam as seções de uma loja.

Ensinar – didáticos ou ilustrativos de palestras e aulas. São peças muito utilizadas na apresentação de trabalhos em congressos e eventos do tipo.

Formar – massificam um conhecimento ou informação, promovem a unanimidade, atuando na formação da opinião pública. São próprios das campanhas educativas de saúde e esportes, religiosas, cívicas e políticas.

Classificação dos cartazes – de acordo com os objetivos vistos, o cartaz pode ser promocional, publicitário ou educativo.

Promocional – procura promover um produto ou atrair a atenção do público para determinados aspectos, como promoções ou liquidações. Em geral é afixado no próprio local de venda. Por seu imediatismo, muitas vezes tem sua produção artesanal, sendo renovado em curtos períodos ou de acordo com a ocasião.  Os cartazes promocionais são os utensílios preferidos para reforçar as vendas em determinados períodos do ano e datas comemorativas.

Publicitário – de elaboração complexa e sofisticada, é dirigido ao consumidor com forte apelo imagético e textual. Em geral é veiculado fora do local de venda e apresenta a imagem do produto. Por outro lado, o cartaz institucional, que visa fixar ou divulgar a imagem de uma empresa ou entidade pública, pode também ser considerado como um cartaz publicitário.

Educativo – cartazes usados em academias e escolas com o objetivo de esclarecer conteúdos didáticos e tornar fácil a apreensão de novos conceitos. Neste item, podemos considerar também os cartazes com objetivos de conscientização, como as campanhas de saúde, de esporte e turismos, desde que tenham um caráter didático.